domingo, 20 de julho de 2008

As Doze Mulheres de um Poeta

Sou poeta e dividi meu destino em fantasia.
Doze intensas trajetórias femininas de magia.
Pra Ariana eu dedico meus ouvidos pra suas iras.
Pra viver suas batalhas de verdades e mentiras.
Onde grito, ao seu lado, sem saber se acerta ou erra
Nos instintos de vencer, por amor, a qualquer guerra.

Com a Taurina eu saboreio os seus doces de magia
Paladar de beijo que faz da vida bem suave e resistente
Sinto a pele nos seus toques graciosos de abraço
E arquiteto a minha vida bem mais bela em cada passo.

Com a de Gêmeos eu escuto cada vírgula respirada
suas vogais e consoantes tão bem altas, expressadas.
E pra ela, também faço, belas cartas bem escritas.
E me informo pra saber o que diz seu coração no meio de tantas frases ditas.

Vou então pra alguma casa bem arrumada de Canceriana
Que conforta minha alma com alguns mimos de criança
Faz chorar com suas histórias e diversas mil lembranças
Que despertam minhas saudades em boas doses de afeto.

Pra Leonina arremesso mil dezenas de confetes
E não quero ser apenas mero fã ou então tiete
Me transformo até em ator, pra ser par de seus dramas e comédias em teatro ou novela
Divido filhos e percorro as mãos em suas mexas só pra ter a identidade comprovada do amor dela.

E me interno aos cuidados de alguma Virginiana
Seja médica, operária ou trabalhadora árdua de rotina insana
Faço até mil horas extras pra servir o meu amor para alguma missionária
Pra mulher tão prestativa que traz qualquer detalhe de amor em seus gestos a cada hora diária.

Com a de Libra eu me caso, mesmo que por acaso
Mudo com ela as leis da justiça em inverso caminho de volta e de ida
E espero o quanto e tanto para que ela se decida
Em escolher ser teu amor por cada dia de sua vida.

Pra escondida Escorpiana, posso até morrer em dor.
Até quando renascermos das cinzas, juntos, em afeto e louvor.
Da matéria vou ao espírito em seus jogos de sedução sem pudor
Pra voar seguindo os olhos de águia, conduzido do inferno a algum céu de esplendor.

E no vai e vem dos quadris chego até a Sagitariana
E por ela me arremesso em fanatismo, pelo andar de suas pernas de andarilha.
Por quem rezo para ser bem flechado de paixão
Pra ter bela viajante percorrendo todos pontos cardeais, ao meu lado em devoção.

Pela Capricorniana faço um pacto com o tempo
E ao seu lado tenho certo meu rejuvenescimento
Mesmo que eu seja escravo de poder ou status que tenha
Mesmo que eu canse procurando-a pelas eras e milênios que ainda venha.

Pra de Aquário quebro datas, famílias, religiões e pré-conceitos de Marina Lima
Serei o melhor amigo só pra me sentir amado
Só pra que se sinta amada em amor moderno ou inventado
E atravesso o futuro pra encontrá-la em poesias feitas em e-mail de correio eletrônico inusitado.

Mas o fim de meu destino, como sempre, é a Pisciana
Mesmo, apenas, em amor platônico lembrado em partituras musicais
Ou, talvez, em alguma mulher ou menina que sonhei e quis
Pra conto, romance, história ou destino desses que queremos nosso final feliz.

**Guilherme Henrique Salviano
Astrólogo**

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